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terça-feira, 8 de julho de 2008

Licenciei-me!

Aquilo que parecia um sonho difícil de alcançar, cheio de obstáculos à vista, foi concretizado! Sem grandes obstáculos por sinal. Sinto-me agora à beira de um ataque de nervos, será que estou preparada para este mundo cão? Será que a minha licenciatura me deixou apta a resolver as crises do mundo da comunicação e a ter a criatividade necessária para me distinguir entre os meus milhares de colegas comunicadores?

Vem agora uma nova etapa: O mestrado. Em Jornalismo, está decidido.
A Comunicação sempre me apaixonou. Desde que desisti de ser pedopsiquiatra e veterinária (quando andava ainda no básico), que sonho em ser Jornalista. Mas não uma jornalista qualquer, daquelas que têm um trabalho das 8 as 19. Uma jornalista a sério, daquelas que parte em reportagem para África para mostrar ao mundo as dificuldades destes mundos em desenvolvimento, sem recorrer ao típico "fazer agir pela pena". Jornalista com o intuito de informar os desatentos, de partir em busca de algo que faça a diferença neste mundo. Por algo que valha mesmo a pena.

Não sou daquele género de pessoa que ache que só os problemas mais graves valem a pena, e que uma pessoa por tratar assuntos como a moda, os eventos ou a publicidade seja fútil e com menos valor que outra que trata temas mais pesados. Pelo contrário. São áreas de que gosto bastante na verdadei, e o mundo é uma multiplicidade de focos. O que acontece é que eu me vejo realmente mais útil a fazer este tipo de coisas.

Na Licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial apaixonei-me pela comunicação no interesse público, e fiz um trabalho sobre Saúde Materna em Angola. Nunca me apaixonei tanto por um trabalho académico como aquele. Desde a investigação sobre o tema, à elaboração do projecto para melhorar a saúde materna naquele país, ao design das maquetes dos produtos que estariam incluídos no projecto, envolvi-me fortemente, tão fortemente que fiz literalmente tudo. A minha vontade e interesse no trabalho deixou para as minhas colegas de grupo uma pequena intervenção, na elaboração do texto do produto final. Não o fiz com má intenção, simplesmente não tive como controlar este impulso.

Este verão uma colega minha parte para Cabo Verde em voluntariado, para participar no apoio à formação dos pequenotes de lá. É com isso que eu sonho, sempre. Sinto como que se o meu coração estivesse preso numa jaula, com sede de oferecer o seu amor a uma causa, mas sem o conseguir fazer, por falta de oportunidade. Mas não desisto. Um dia realizarei este meu sonho. O único que realmente tive na minha vida.

LR


The Strokes - Heart in a Cage <3

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